quarta-feira, 20 de junho de 2012

Criadores de Acaso

O Rabugento tem amigos que criam acasos...
O que é diferente de ficar por aí gerando discórdia.

Na verdade, são eles que discordam...
Do lado único.
Da verdade imperante.
Da vida inerte.
Da ausência de coragem.
Da pouca imaginação.
Do politicamente correto.
E por isso eles se denominam Criadores de Acaso.

Não é a primeira vez que o blog faz alguma citação dos Criadores.
"Mostra ao destino o que é melhor..." - Este é um verso recorrente por aqui.
Ele já esteve aqui como desejo e dedicatória de amigos.
Porque o Rabugento está sempre tentando um caminho.
E por mais que não encontre, por mais que não seja um criador, o Rabugento já entendeu há algum tempo que só a tentativa de se tornar um criador já ajuda...

Agora, quero mostrar de onde veio o verso.
Os amigos do Rabugento lançaram um vídeo novo, com a música que traz o verso.
E é um prazer tirar o meu chapéu coco para eles.
Cliquem na foto e sigam pro vídeo...

Que sejamos mais folhas soltas por aí...


segunda-feira, 18 de junho de 2012

O legado do homem moderno

Com a Rio+20, tenho pensado muito no legado que podemos deixar para as futuras gerações.
Segui a máxima "tenha um filho, plante uma árvore e escreva um livro"... E percebi que a futura geração já é o legado. Por isso, tentei entender melhor os três pontos, se trazidos para a nossa realidade.

1 - Tenha um filho
Um filho. Não cinco, seis, sete...
OK, você pode ousar e ter dois, três, mas lembre-se que filho não é obra de arte. Você não faz pra se orgulhar porque veio perfeitinho. Você não faz pra pendurar na parede e mostrar pros amigos. Você não faz pra descartar quando tiver enjoado (ou ele estiver enjoado).
Você não faz só porque teve vontade de fazer a obra... Até porque a obra também terá vontades.

Não vou entrar aqui no mérito custo de vida, porque teria muito o que dizer.
Mas lembre-se que filho também é legado. Você deixará uma extensão de você. Pode ser melhor, se você souber criar. Mas se você não tiver o que dar, seu filho não terá nada a receber.

Resumindo: Se você for lagarta e tiver mais preocupado em ter lagartas do que em - antes - virar borboleta, algo pode dar errado... (Esse exemplo ficou bem estranho, mas não consegui pensar em bicho melhor que pudesse se transformar em outro... Tem o girino, que vira sapo, mas seria uma imagem estranha. Tem o macaco, mas esse não soube evoluir direito).

Conclusão: Eduque-se e evolua antes do 'tenha um filho' para não comprometer as futuras gerações.

2 - Plante uma árvore
Essa é mais difícil nos dias de hoje... A maior parte das pessoas está presa em concreto.
Mas há meios... Quem procura, acha.

Bem... Não queria vir aqui para fazer discurso ecológico. Mas é inevitável.
Se cada um que tivesse um filho, plantasse uma ávore (oito pra quem tiver oito filhos), a coisa estaria melhor.
Se cada filho plantasse outra, a coisa estaria muito melhor.

O que vale ressaltar nesse legado é a importância de se preocupar com a árvore.
Se você planta, quer ver crescer. Se quer ver crescida, quer que se mantenha.
E assim, segundo Pollyana, a preocupação com o todo passaria a ser maior.
Porque só acreditando muito na humanidade dá pra se afirmar que o homem que tem filho sem planejar ou o homem que passa a mão na cabeça do filho quando este faz besteira  vai ter alguma sensibilidade com a árvore alheia.

Para Pollyana, há(i) que se acreditar...
Mas se você não é Pollyana, sabe que só há uma solução possível.
E esta passa pelo mesmo mérito de se ter um filho.

Conclusão: Eduque-se e evolua antes do "plante uma árvore" para não comprometer as futuras gerações.

3 - Escreva um livro
Essa é mais difícil ainda nos dias de hoje...
E nem precisa se aprofundar tanto.
Ao menos, se tratarmos de Brasil.

Hoje ninguém tem a pretensão de escrever um livro. Porque sabe que poucos irão ler...
Hoje ninguém mais sabe escrever livros.
E por mais que até alguns acadêmicos - aqueles que afirmam que as pessoas estão escrevendo mais - discordem, com o advento das novas mídias a coisa está pior.
Porque não adianta escrever mais quando se escreve errado.
(Eu mesmo devo estar errando agora, por aqui).
Os funcionais se alastram por aí...

Por isso... Voltamos ao começo.
Conclusão: Eduque-se e evolua antes do "escreva um livro" para não comprometer as futuras gerações.


O tom do post está indo além da reflexão. Está um tanto imperativo.
Não quero com isso dizer que sou educado e evoluído.
Não... Sou apenas uma pessoa em busca de consciência.

Quanto ao meu legado?...
Não tenho um filho.
Não penso em tê-los no momento, mas também não descarto uma possibilidade futura.
No entanto, sei que precisa mais que vontade.
Não plantei uma árvore. (...tirando o feijãozinho no copo.)
Mas, há anos, vou diariamente no Clickárvore pra aliviar minha consciência pesada. Não encaro o ato como plantar mais árvores, mas como regar ao menos uma.
Não escrevi um livro.
Mas, se filmes e peças tiverem valendo, meu legado já começou...

E que o homem moderno saiba também ter livros e árvores, plantar livros e filhos e escrever filhos e árvores.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Todo dia no mar do farol...

Em um se farão carne e intenção
E ao fim do dia
Dois voltarão

Namorados... Lembrem que a escolha é para mais de um dia.
Ou mais de uma noite.
Façam-se nascente e poente
Momento e ausência
Lá e cá
Hoje e amanhã

E mantenham-se únicos
Sem deixar de ser par
Porque dois nunca serão realmente um
Mas também não se deixarão separar




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Aproveito para registrar: escrevi um texto para esse dia no blog "Panelinha da Mila".

Nada demais, mas leiam lá!

E aproveitem para rodar pelo blog, ler os outros textos do dia e pegar as boas dicas culinárias!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Hard Candy Christmas

Vida de puta deve ser uma vida filha da puta...
Daí a gente ouve falar de casos como o da Bruna Surfistinha e imagina que nem todas estão ali apenas por necessidade... Por falta de oportunidade.
Algumas gostam...
Mesmo assim. Deve ser duro.

Quando pequeno vi aquele filme musical 'A casa mais suspeita do Texas'.
(Se tiverem lido os dois últimos posts vão ver que isso é recorrente por aqui).
Além do título grande, chamavam a atenção aquelas meninas...
Se todas as garotas de programa fossem como as do filme, a vida era boa.
Para elas e para nós!
Elas pareciam se divertir naquele lugar.
E os homens se faziam com mulheres sensacionais.

Ah, a vida nos filmes...
Lembro que via a música de despedida com a sensação real de que duro na vida eram aqueles finais.
Duro não era a vida na Granja.
Duro era ter que deixar a Granja...
Duro era aquela Granja não existir de verdade.
E quando a última garota - com mais cara de namoradinha -  cantava "Maybe I'll meet someone and make him mine", pensava na minha cabeça 'infantil'... "Aqui! Eu! Escolhe eu!".




Pra felicidade das prostitutas românticas, no final a Dolly Parton - uma mulher de fibra, das que peitam a vida (ô, piadinha ridícula) - terminava com o Burt Reynolds.
Virava esposa... Não com o peso que a palavra esposa tinha por convenção no filme.
Mas saía da vida fácil e dura.

Anos depois, a música que ela cantava pra ele foi parar em outro filme e virou hit mundial.
Hit, aliás, que tocou até o mundo todo enjoar.
Hit na voz de uma cantora que morreu há pouco tempo.

Bons tempos o da Granja!
Bons tempos de garoto sonhando com atrizes-dançarinas gostosas que brincavam como mulheres experientes, porém solitárias e a espera de garotos que as tirassem daquela vida...  
"Young boys looking for sin"
Bons e volumosos tempos.

"...But there´s nothing dirty going on!"