sexta-feira, 18 de maio de 2012

On the radio

Hoje, no rádio do carro - de certo em homenagem póstuma - tocou Donna Summer.
No rádio, "On the radio"...

Como viver é perder(-se em) referências, lembrei imediatamente deste filme abaixo.
Um filme antigo...
Eu o vi criança ainda. Revi algumas vezes.
Lembrava muito da música como tema, mas só hoje, vendo essa montagem, entendi o porquê...
A música invade o filme.
Ela é um personagem.

A letra é melancólica, mas não chega a ser dramática.
Já o filme...



Aproveito - peço licença, desculpas, por favor - e tomo a liberdade de deixar o link de outra homenagem que marcou os últimos dias.

Uma amiga de longa data fala de um amigo de longa data.
Amigo dela, mas que também conheci por anos.
E sei que a música, se tirado o contexto romântico, fala muito daquela amizade.
Uma amizade de quem se percebe em poucas palavras.

Tomo lugar do locutor do rádio e divulgo a carta.
Que seja lida alta, pra alcançar as ondas do rádio e tudo mais que voa!
Pra que todos ouçam a última carta que me fez chorar...

http://balaiodajulia.blogspot.com.br/2012/05/carta-um-amigo.html

domingo, 13 de maio de 2012

Let the sunshine in

Fim de semana marcado por essa cena...
Do filme que passou duas vezes em uma festa deste sábado.

Lembrei que vi Hair ainda pequeno. Criança.
Uma loucura pros dias de hoje...
Um filme que usa termos como Sodomia, que mostra cenas com viagens de LSD, fala abertamente de sexo e faz piada com tradições.
Uma loucura pros dias de hoje...
Um filme cuja mensagem principal - além da liberdade - é 'paz e amor'.
Uma loucura pros dias de hoje.

É claro que muita coisa não era entendida por mim...
(E pais podem sim deixar pra explicar as coisas com o tempo... Se a criança não perguntar).
Mas o fato é que não fui vetado.
E hoje vêm os moralistas querendo censurar crianças e proibi-las de uma "exposição".
Protegê-las da vida.

No dia das mães, vale só o velho recado...
Mães - e pais - eduquem seus filhos... Não os "protejam".
E eduquem para que sejam melhores.

No mais...
Eu poderia postar hoje uma homenagem às mães (mais diretamente à minha).
Eu poderia postar algo que celebrasse a vitória do Fluminense no Campeonato Carioca.
Mas "Let the sunshine in", indiretamente, já está ligado a isso tudo.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Os amigos do Rabugento


"Alguns pensam que para se ser amigo basta querê-lo, como se para se estar são bastasse desejar a saúde..." Aristóteles

Amigo não se conquista de um dia pro outro.
Têm aqueles que se conhecem agora e daqui a pouco já se consideram amigos de infância.
Mês que vem não se encontram mais.
E nada fica.

Amigo se constrói. E a gente se constrói com amigos.
São os velhos ombros, que nos mantêm olhando, acima da massa, o horizonte.

Amigos nos revelam...

Ontem, um grupo de amigos do Rabugento - que, nos desenhos, seriam considerados os vilões do jogo - fez uma surpresa. E o Rabugento até sorriu...

Dentre os produtos da surpresa, o texto abaixo!
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Manifesto ao Rabugento

De verdade, só na ficção é que somos felizes.
Aquela ficção que nós mesmos produzimos.
Aquela ficção que você produz tão bem...

Então, vamos à ela!
Viva a ficção!

Ponhamos nela tudo aquilo que, de verdade, preenche nossos corações.
Contra a tristeza!

Contra a maldade!

Ponhamos nela sua alegria, sempre, sempre esgueirando-se por trás de um suposto mal humor, de um falso pessimismo e de uma divertida e escancarada rabugice.
Ponhamos nela seu enorme coração, que de tão grande não tem sucesso em se esconder, mesmo que se tente camuflar num jeito meio "sem jeito" de amar.

Contra a rebeldia sem causa!
Contra o egoísmo!
Há sim pelo que lutar. E você luta.
Você sabe que há muito por fazer. E você faz.
Nos são oferecidas novas armas. E você as tem.

E, entre as quatro paredes do quarto, são textos, são incentivos, são apelos, são pontos de vista, é revolta!, são pedidos, é carinho, é o "Jogo do Eu", é um turbilhão musical, é arte latejando - inquieta, louca pra sair -, é doação, é sentimento - essencialmente amor, é confusão, são muitas coisas, é quase tudo!

Até quando viver a mesma vida? Até quando buscar abrigo na ficção e fugir da impiedosa locomotiva da realidade? E se a locomotiva, de tão rápida e feroz, invadir até mesmo a realidade? E contaminá-la com sua fumaça tóxica e seu ruído ensurdecedor? Será o fim?

Contra toda essa loucura que chamamos de realidade! E contra sua locomotiva!
Mas nunca a fuga da realidade!

Somos mais que isso... Você é mais que isso.
Talvez você é que empreste à ficção de seus roteiros, de suas peças, de suas músicas, de suas prosas a boa essência real de que precisam para existir. De que precisam pra emocionar. É então o caminho inverso. É a própria ficção buscando a virtude no que é real. No que é seu.

Mas você pode se perguntar: o que é real e o que é ficção?
É mesmo preciso diferenciar uma da outra?

Afinal, o que se quer é pôr fim às angústias cotidianas.
O que eu quero é viver. Viver feliz. Ser rabugento. Usar o gelo sem encher de novo a "cambuca". Andar ou correr, conforme a minha vontade. Tropeçar. Cair. Mas levantar apenas quando eu quiser. Sorrir sorrisos espontâneos. E se são raros, o problema é só meu. Eventualmente, usar roupas que alguém escolheu pra mim, mas, pelo menos, saber disso.

Tudo isso pode ser real.
Tudo isso pode ser ficção.

Contra as regras e seus limites! (Eu gosto de quem não tem limites...)

Então, chega!
Conclui-se que de nada vale a diferença entre o real e o imaginário.

Mais um ano se soma aos já vividos, mas ainda posso ser o que eu quiser!
Sim, eu posso ser o que eu quiser.
Posso viver minhas próprias personagens.

Em uma das histórias, minha personagem foi salva por mendigos, que esqueceram o ronco da barriga para se preocupar... Comigo.
Em outra, lutei caratê contra uns 10 (ainda que fossem crianças brincando de ganhar a vida).
Em outra, também havia crianças, muitas, mas aí eu fazia sorrir, com as trapalhadas de um marinheiro que tentava salvar a pequena Maribel.

São muitas histórias, Rabugento.

Abaixo as algemas invisíveis!
Sempre é tempo de recomeçar.
Mas apenas o faça se e quando julgar conveniente.
Do contrário, siga!

Siga o caminho, mantenha-se vivo!
Mantenha a sanidade, a criação, as possibilidades.
Continue tentando trazer a sorte, ao invés de esperar por ela.
Continue mostrando ao destino o que é melhor!

E que todos nós aqui tenhamos sempre algum papel nesse bonito longa, bem longa, metragem da sua história!
O mundo te espera outra vez!
Viva o Rabugento!
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Agradeço a todos que, de certa forma, compartilhem desse sentimento acima!

Ao Barifouse (autor do texto), à Fer, à Carol, ao Mario, ao Crof, à Camila, à Ana Flávia, à Paulinha Lins, ao Leo Muniz, à Claudinha, ao Huguinho, ao Scotti, à Tati Almeida, ao Pedrão, à Mari, ao Marcelo Muniz, ao Alex, à Fabiana, à Samantha, ao Xabinho, à Paulinha Machado, ao Armando (espero não ter deixado ninguém de fora na confusão da noite de ontem) e aos que não conseguiram chegar a tempo (Leo Colonese, Matheus...) ou não puderam aparecer (Ana Bia, Bibi, Helena, Joanna etc), meu muito obrigado e meu ombro sempre!