sábado, 26 de janeiro de 2013

Um reggae qualquer

Saiba.
Um dia, como você esperava, uma mão vai se estender.
Mas logo depois essa mão vai te soltar.
E se você não estiver preparado, meu velho,
Você cai.

Se alguém te estender a mão...
Por piedade, culpa, boa ou segunda intenção,
Aperte e agradeça.
Mas use a tua outra mão para te levantar.

Saiba.
É assim mesmo... Simples.
Nada profundo.
Como a letra de um reggae qualquer.
Como a mensagem batida que a gente precisa ouvir para se lembrar.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Quem tiraria 10 em EMC? (ou Os peitinhos de Myrian Rios)

Eis que sanciona-se uma lei e nova polêmica surge nos meios sociais.
E, claro, um novo comentário rabugento deve acompanhar.

Não me considero contra a moral e os bons costumes...
Sou um sujeito 'de bem', que não pensa apenas no próprio umbigo e sabe que a existência sem uma troca real e 'desinteressada' não tem muito sentido. No entanto, também não sou santo ou iluminado. O que vale dizer é que virtudes e valores foram agregados por educação e, posteriormente, por vivência e confirmação.

Explicado isso, vamos aos fatos.
Em 1969, o Governo Militar inseriu na grade curricular das escolas a disciplina denominada Educação Moral e Cívica. Após a Abertura e a Constituinte, a matéria foi abolida por ser considerada uma imposição da Ditadura. Outra matéria abolida foi a famigerada OSPB, Organização Social e Política Brasileira. O nome já dá uma ideia do que a matéria se propunha a ensinar. Hoje, por considerar que as matérias ajudavam a instruir e construir para o bem o caráter de um cidadão, o Congresso rediscute a volta da matéria à grade curricular. (Instrução, caráter e Congresso numa mesma frase?...)

Mas a discussão sobre a questão chegou primeiro no Rio de Janeiro, com o sancionamento da apelidada "lei da Moral e dos Bons Costumes", criada por Myrian Rios. A notícia já chega com um tom de caça às bruxas, por vir de uma deputada com um histórico de exageros e imposições. Além disso, pelo que entendi, a lei não diz exatamente ao que veio... Trata-se de um "Programa de resgate de valores morais, sociais, éticos e espirituais" (Espiritual num sentido de engrandecimento d´alma ou num sentido religioso? Vale lembrar que o Estado é laico e os ateus têm o direito de não resgatar nada),  que não definiu quais projetos surgirão a partir dele. Tudo muito vago e ninguém até agora conseguiu explicar como diabo será aplicada a lei que busca “promover o resgate da cidadania, o fortalecimento das relações humanas e a valorização da família, da escola e da comunidade como um todo."

A polêmica não mora apenas na aplicação da lei, mas na matéria.
Afinal, o que pode ser considerado um mau costume e o que é imoral (ou amoral)?
A meu ver, por exemplo, é uma grande contradição a lei ter sido sancionada pelo Sérgio Cabral.  Pessoalmente, sem entrar no mérito de possíveis irregularidades governamentais, os descontroles demonstrados com palavras e atos já são motivos para acreditar que o governador não tenha muita moral para me dizer o que é um bom costume.

Como tudo na vida, a questão fica entre a boa intenção e a má gestão da ideia.
Não é ruim ensinar como funciona a sociedade, dar noção da organização política do país, mostrar à criança até onde vai o direito dela e onde começa o da outra e deixar claro quais os deveres de cada um para a harmonia do todo. Pelo contrário, é uma necessidade. O receio é sempre como e até onde tal ensino pode influir. E quais serão as mãos que darão a medida do bom senso.

Quanto às fotos nuas de Myrian Rios, acho um ataque 'infantil e sem propósito'... Primeiro porque apenas fortalece a argumentação dela de transformação. Segundo porque mostra um tom de 'moralismo' não apenas do lado dela, o mais conservador... Quem ataca quer mostrar qual era o comportamento anterior dela, mas acaba indicando que, no fundo, também acha aquilo imoral. Terceiro porque - a meu ver - só seria uma agressão se, nas fotos, ela tivesse 'caída'. (E na verdade elas só nos fazem lamentar a ação do tempo).

domingo, 13 de janeiro de 2013

Tanto

Hoje fico devastado.
E tanto.

Há mais de 20 anos conheci um cara que era lá pra cima.
Era pai de duas, mas se fazia pai por extensão de vários.
Há 20 anos, lembro de um Reveillon meio intimista. Lembro que era uma época ainda nova pra todos. E de mais novo, lembro (tanto) de termos ouvido o primeiro disco do Skank. E lembro de ter achado engraçado que ele gostou da então banda nova. Banda que não tinha nenhum grande sucesso, mas ele já achava promissora.

Hoje a gente se despede.
E sofre tanto.
Hoje, a gente tem que lembrar do cara que era lá pra cima.
E ficam as conversas, os risos e o jeito amalucado de cumprimentar cada um.
Hoje, a gente tem que lembrar que ele realmente está indo lá pra cima com a certeza de que sabe o tanto que todos aqui o "queriam".

 "Suas filhas vão me deixar..."
Não. Nem vou deixá-las.
Seremos sempre todos um pouco filhos...
Querendo lembrar daquela presença que cada um carregou no coração nesses mais de 20 anos.

OBS1:Vá lá... Ele tinha suas rabugices. Mas é justamente por isso que as coisas pesam mais do lado de cá.
OBS2: Esse papo de "querer tanto" ele teria achado bem estranho...

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

2013 aqui ou em volta do globo

Passei o Ano Novo com uma camisa dada por uma amiga.
A camisa que chamou a atenção de outros amigos era do biscoito Globo.
Hoje, a foto de um amigo foi a primeira capa do ano dO Globo.
Outro amigo reapareceu no Vale a Pena Ver de Novo, na Globo.
E a voz de outro está no filme da Sessão da Tarde, idem.

Eu poderia ser supersticioso e acreditar que tudo é um sinal de que as coisas estarão interligadas em 2013.
Mas a verdade é que é muito bom ter amigos que te dão presentes criativos ou que são bem sucedidos.

Que 2013 venha menos preocupado.
Venha menos trabalhoso.
Venha menos limitado.
E venha mais amigo.
Como esses amigos.

E, mais uma vez, como essa música.