quinta-feira, 28 de março de 2013

Dou-te nada

Max não estava acostumado a receber. Com desinteresse, quero dizer. Sem solicitação. Sempre que alguém o ajudara, ele tivera que dar algo em troca. Assim, Max passou a seguir a regra. E não dava nem bom dia pros malucos que ofereciam ajuda repentina. Aqueles que surgiam no meio da rua ou no escritório, com um sorriso e a mão estendida. Esses certamente iriam pedir dinheiro, telefone de contato e favores... Até os mais íntimos.

Com o tempo, Max passou também a não oferecer nada de mão beijada. Sem vantagem? Ele não era otário, não daria esse mole. Em algum momento, a cobrança de Max também viria.

Um dia Max conheceu Débora, que tinha um curioso apelido: Demo. Os dois se apaixonaram. Mas Max nunca tivera nem um amigo, que dirá uma namorada. Ele já ouvira muito sobre relacionamentos e resolveu se envolver de corpo e alma. E passou a esperar que Demo desse tudo.
- Porque assim é o amor, não é? - ele dizia. Não é como as outras relações... No amor, o interesse é o outro. É isso que a gente quer.

Então, Max cobrava que Demo se preocupasse com ele, ligasse para ele, ouvisse e estivesse presente o tempo todo. E Max se incomodava muito por Demo não se importar quando ele não podia estar por perto. Imaginava que Demo não deveria amá-lo da mesma forma. E não se importava se a única coisa que Demo realmente queria era realmente amá-lo.

Demo sempre dizia que Max deveria honrar o próprio nome e 'maximizar suas relações'. Agir certo e escolher certo. Ele não entendia. Um dia, Demo terminou com Max. Max também não entendeu. Achou que Demo era má, disse que ela realmente não o amava. E Max entendeu menos ainda quando Demo disse: - O certo é você dar tudo quando o que se espera é nada. E não dar nada, quando o que se espera é tudo.

OBS: Esta pequena viagem é inspirada na música abaixo.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Só para avisar...

...Que a ausência do Rabugento é também pela correria.
Mas que o tempo para escrever está sendo otimizado em outra frente.
A todos que quiserem conhecer outra faceta rabugenta, acessem o Blah Cultural.
A quem quiser ver mais diretamente, acesse a página com meus posts.

E vale lembrar sempre que a festa cultural continua no Miscelânea Rabugenta!

Entrem e fiquem à vontade!