quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

2010: O último ano de uma década. Ou o primeiro de uma nova?
Tudo vai da crença de cada um.

Tudo pode mudar. Ou tudo pode continuar como está.
Tudo vai da crença de cada um.


Reveillon
Composição: Jairzinho Oliveira

Olha só quanta maldade!
Tanto sangue derramado por vaidade

Olha bem quanta besteira!
Tanta lágrima
escorrendo por bobeira
Olha só quanta loucura!
Tanta gente abandonada na amargura
Olha bem, tá mais que na hora
De mudar de uma vez toda essa história

Se você se toca
O mundo gira, gira bem
Se você se toca por alguém
O tempo perdido
Nunca é tão perdido assim
O novo milênio traz o amor que foi,
Bateu e voltou

Uma nova luz vem chegando
Só quem sabe amar sabe o que é bom
Gente se abraçando e esquecendo o pranto
Deus iluminando nosso reveillon



Não importa se o milênio já virou...
Não importa se a música é datada. Para valer a pena, vai da crença de cada um.

Acreditar em que tipo de mudança? Na mágica dos fogos, na descoberta do milagre?
Ou acreditar na mudança que a multidão da foto poderia realizar junta?
Tudo vai da crença de cada um.

Da crença de cada um...

Mas, cá pra nós... O que espero para 2010?
Espero que o Cada Um possa convergir com o Todo. E que o Homem se transforme. Porque o mundo não se transforma se o Homem não se transformar. E o Homem não se transformará sendo Cada Um. O Homem só se transforma quando é o Todo.

"Se você se toca
O mundo gira, gira bem
Se você se toca por alguém
O tempo perdido
Nunca é tão perdido assim"

Que 2010 gire bem!

Observação para o Barifouse: "Se você se toca / O mundo gira, gira bem / Se você se toca por alguém..." Não é o que você está imaginando.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Goonies never say die

Este foi mais um fim de semana estranho...
De compras, histórias, sociais, risos, mas com um fim triste.
E são esses dias que me trazem sempre a este blog.

Algumas notícias de acidentes, abandono e mortes marcaram esse fim de noite. Duas notícias muito tristes, envolvendo crianças. E a morte de uma atriz de 32 anos.

Paralelo às notícias, vi os extras do DVD de The Goonies, que comprei nessa safra de Natal. O filme foi revisto através dos comentários dos próprios atores, agora adultos. Depois disso, encontrei o vídeo mais recente deles, em um novo reencontro.



Ao mesmo tempo que bate a nostalgia, tive uma sensação de mortalidade. Estamos velhos, adultos que partem para a meia-idade. Uma geração que já morre de ataque cardíaco, por mais que esta morte possa ser considerada suspeita. Uma geração outrora inocente, com poucos hormônios, sonhando com grutas, tesouros, armadilhas e piratas, que agora se reencontra para mostrar as rugas, as carecas, as gorduras e para relembrar histórias.

O mais difícil é ver como a vida passa. O quanto queremos ser mais, ter mais, valer mais, mostrar mais, curtir mais, mas conseguimos cada vez menos. E, não apenas porque estamos ficando mais velhos, mas porque nos damos conta de que a morte é sempre uma possibilidade.

Uma criança morreu hoje e houve comoção. Não a conhecia, mas pessoas próximas viveram o desespero de estar presente no incidente. Tomar conhecimento do fato já é arrasador. Mas quando somos crianças, jovens e, mesmo adultos, quando pensamos em crianças e jovens, a morte não é possibilidade. É cruel que ela ocorra desta forma, a estas pessoas. Mas a possibilidade existe... E quem vive hoje em dia nas favelas do Rio, na periferia de São Paulo e em outros guetos urbanos pode mostrar dezenas de exemplos.

Mesmo assim, vivemos muitas vezes como imortais. E quando nos damos conta da mortalidade, quando pensamos que as pessoas que fizeram parte da nossa história - como afetos, amores, paixões, exemplos, ídolos ou referências - não tem mais tanto tempo para serem parte ativa de nossa história, ficamos desconcertados.

O que nos resta?... Começamos pela pressão... Depois damos uma olhada no colesterol, fazemos check-up. Começamos com os exercícios e damos a maneirada na comida pesada. Depois?... Não nos iludamos... Mas vamos esquecer a reflexão mais pesada e lembrar que ainda podemos buscar novos tesouros. Podemos ser um pouco mais piratas e aproveitar o que podemos para novos desafios ... Vamos cair nas inevitáveis armadilhas da vida. E, metáforas à parte, vamos deixar um pouco de lado esse papo de lado. Afinal, Goonies never say die.



OBS: Video original no http://www.empireonline.com/20/goonies-reunion-video/