quinta-feira, 23 de abril de 2009

Nostalgia - De Família e Encontrões

Escrevi este texto para colocar no Teorias Cobalísticas...
Mas acredito que é pessoal demais para estar num blog em conjunto.
Resolvi então criar um novo blog, mais pessoal.

Vamos aos fatos...
Meus amigos cobalísticos já usam o termo "Encontrão" para nossas reuniões e sociais. Tudo porque deixei algumas vezes de me encontrar com eles, por causa dos "verdadeiros" Encontrões.

Passei quase metade da minha vida participando de movimentos católicos. Siglas que tiveram significados importantes na minha vida: EAC, MAC, EJC. Em todos eles, dois finais de semana por ano são mais significativos: os chamados Encontrões.

Ontem, o pai de dois amigos que fiz no EJC morreu. Pai de dois amigos e tio de duas amigas. Conheci pouco do pai deles, mas é claro que recebi a notícia com tristeza... Não apenas pela perda, mas porque são quatro pessoas estimadas e alegres. Mais que isso... Quatro pessoas que transmitem essa alegria, que contagiam. E sempre que isso acontece com pessoas assim, a gente fica mais triste.

Com a tristeza, bateu um pouco de nostalgia... Acho que foi um amigo, o Marco Amarante, que disse uma vez que gostava de resgatar certas emoções perdidas abrindo gavetas e relendo mensagens de Encontrões. Foi o que fiz... Tenho uma gaveta aqui repleta de mensagens e de outras "coisas" dos movimentos recebidos através destes anos. Mensagens muitas vezes lidas apenas uma vez, de relance, pelos olhos acostumados de uma pessoa que, em tantos anos, recebeu muitas delas.

Resolvi abrir este limbo, e ver o que poderia encontrar... Realmente, tinha de tudo: de mensagens em papéis amarelados a um par de meias que caiu da gaveta de cima e uma prova de concurso, perdida entre os papéis...

Resolvi reler as mensagens. E fiz mais... Para deixar o momento mais próximo dos Encontrões, resolvi colocar uma música de fundo e acessei o site da Banda do último Encontrão. Mesmo com aquelas músicas de ensaios, que trazem alguns erros, cães latindo, pessoas falando e, que me desculpem os participantes e amigos, algumas desafinadas, o clima foi criado. (http://palcomp3.cifraclub.terra.com.br/banda44ejc/)

E eis que estavam todos lá, de volta. Todos os amigos, todas as equipes, todos os movimentos. Como no primeiro Encontrão (e como em tantos outros momentos dos Encontrões que se seguiram), chorei ao ler as mensagens. Minha irmã e minha mãe estavam lá, destacadas em mensagens que escreveram quando a Ana Paula e o Fabinho decidiram fazer a equipe inteira deles chorar.

E muitos outros apareceram... Simone nos áureos tempos de BPs, lembrando que não tinha como, aquele ano tinha mesmo que ter sido nosso (talvez o trio mais exigente que passou por lá). Paula Tavares dizendo-se feliz pela minha volta ao EJC, orgulhosa por estar me vendo mais solto no movimento e exagerando em elogios. Sbrubles perguntando como era trabalhar longe da parceria do irmão Valadão e Helena em seus muitos "te amo, meu filho". Ricardo Cruz dizendo-se feliz por trabalhar na mesma equipe que eu, mesmo que hoje ele nem se lembre mais que foi da minha equipe. Tiça com uma mensagem pessoal, falando de afinidade. Mundico e as demonstrações de amor fraterno e "sem boiolagem". Bruna, desejando que meus sonhos se realizem (tá difícil...). Ju Portelada aparecendo várias vezes, assim como o bom e velho Scotti. Ana Bia me chamando de Rabugento ou dizendo que queria cantar como Edson Cordeiro. E tantos outros se seguiram: Bruninho, Saboya, Alexis, Joanna Collares, Marcos Freitas, Hugo, Ju Maione, Bel, Chris Caúla, Gleice, Léo Muniz, Ticinha (assinando com tantos nomes), Camila Scavone, Renata Maior, Lu Peixão, Poliana, Tati Aquino, Erasmo, Marcelinho, Elaine Martins, Marco Amarante, Aninha e Bruno, Jonhy e Elaine, Monique Sandy, Thomas Edson, Ary, Paty Nunes, Noemi, Karla Carreiro, Ana Carolina e tantos outros... (E até um beijo de glicerina da Mari Guimarães)

Tantas pessoas, e que acabam lembrando tantas outras. Tantos momentos. E é nessas horas que a gente vê o quanto os "encontrões" por si só - ou junto do resto das atividades dos movimentos - já são a forma que Deus escolheu pra mostrar sua presença. E não importa se não estou mais nesses movimentos... Eles sempre estarão em mim através dessas pessoas.

E é aí que sempre lembro de um texto do JP dizendo que o EJC é uma extensão da nossa família, e não tenho como negar. A tristeza que senti ontem é parte disso. Uma extensão nossa se foi. Uma parte do Alexandre, da Maria, da Ana Paula, da Mariana, que, para mim e para tantos, são quatro partes importantes dessa grande família.

Só me resta deixar para esses quatro amigos não apenas o coração, mas aquilo que o JP afirmou, neste mesmo texto, ser a parte mais importante do corpo: o ombro...

Aos amigos cobalísticos, agradeço pelo espaço de sempre no outro blog... Continuarei postando lá os assuntos mais gerais.

No mais, agradeço pelo ombro de todos vocês!