quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Antes de ser anti


Semana de eleição... E hoje sim, quero opinar.

Semana de eleição... E as coisas, segundo as tais pesquisas de opinião, estão mudando.
É claro que dá pra duvidar das pesquisas.
É claro que pode haver manipulação.
Mas se for manipulação, ela pode dar certo e acabam virando a realidade.

Não acho difícil a Dilma estar caindo.
Também não deixo de duvidar que ela tivesse com uma vantagem tão grande.
Na verdade, o meu questionamento maior não passa pelo mérito das pesquisas. Elas ilustram o que pode estar acontecendo ou o que vai acabar acontecendo.
Venho refletir aqui, mais uma vez, o que me incomodou durante a campanha.

Como já disse, não sou contra opiniões e decisões de voto.
Quem acredita na política do Governo atual e acredita que a Dilma tenha condição, marionete ou não, que vote nela.
Quem acredita na política do Serra, nas condições individuais e que ele pode trazer segurança ou ser diferente, posicionado pelo partido ou não, vote nele.
Quem acredita que a Marina tem condição, que a visão que ela apresenta é real e é mais acertada, tendo chance de evoluir politicamente ou não, vote nela.
Assim por diante...

O que mais me incomodou nessa eleição foi a postura "anti".
Mais propriamente a postura enfurecida anti-Dilma e anti-Lula. E, mais uma vez, me justificando... Não que eu ache que as pessoas tenham que ser a favor ou não tenham direito de ser anti. Pelo contrário. É uma democracia... Se incomoda, tem mesmo que dizer. E é bom que se diga.

Mas vejo que o anti tem impulsionado algumas pessoas para um sentido de "revolução". De temos que derrubar esse governo de qualquer jeito... Custe o que custar. E acabam decidindo por impulso.
Como pessoas podem usar de consciência para levantar críticas e, no final, votar por impulso?

Sendo mais claro...
Vejo muitas pessoas votando no Serra para tirar a Dilma... E só.
Sem justificativa maior do que o "temos que tirar essa mulher de lá".

Aí, venho perguntar...
E colocar o Serra é uma solução?
Há quem ache que ele tenha mais condição de governar que a Dilma...
Mas será que a coisa pára por aí?
E a crítica, pára por aí?

O que mais se critica no governo Lula?
Um governo eleitoreiro. Que vende que tudo está bem, quando não está...
Um governo que vende Bolsa Família como programa de desenvolvimento.
Um governo que vende PAC como programa de criação de emprego.
Um governo corrupto.
E assim por diante...

Peguemos essas discussões por base.
Vi parte do debate da Record.
E no pouco que vi, o Serra criticava o governo Lula.
Criticava o Bolsa Família... Dizendo que o Bolsa Família era a junção de diversas bolsas que ele ajudou a criar no Governo FHC. Que Lula não fez nada, a não ser montar o pacote.
Aí, eu pergunto... Isso é solução para as críticas apresentadas? E isso também não é eleitoreiro?

O PSDB tem apoio do DEM. No Distrito Federal, José Roberto Arruda, que foi do DEM, foi afastado do Governo por corrupção (junto com vários outros políticos, também do DEM). José Roberto Arruda foi um dos nomes levantados para vice na chapa de Serra. Embora o Serra lembre que isso foi muito antes das eleições, não estaria tudo junto misturado? Não seria a mesma corrupção que permeia o Governo do PT?

(OBS: Infelizmente, não acredito muito hoje em política sem desonestidade. Acho que a corrupção já faz parte da política. Existem diversos tipos de desonestidade. A corrupção escandalosa, que é desenfreada e, quando descoberta, é apontada na TV, e a do pequeno acordo, do conchavo. Essa, meus amigos, é a própria política. Sem ela, o político de hoje não consegue nada. Podres poderes...)

Enfim.
Coloco aqui os fatos. Os questionamentos que tenho, baseados nas informações que recebo. Não sei se tudo é verdade ou factóide.
Mas o que vale dizer, como opinião pessoal é...
Vale a pena votar por impulso?
Vale a pena votar no Serra pensando apenas em tirar a Dilma do poder?
Sei que muitos já estão convictos que sim e têm outros argumentos para rebater. Se a certeza existe, sigam em frente.

Mas, baseado no que ouço por aí, sei que muitos estão sim votando pela falta de opção. E eu volto a dizer... Prefiro optar pela minha consciência.
Sei que jamais estarei totalmente certo do que apoiar, porque nunca vou encontrar um pensamento que bata totalmente com o meu. Sei que hoje em dia é muito difícil acreditar em qualquer coisa. Mas ainda sim, prefiro refletir antes de andar.
Prefiro votar para eleger do que votar apenas para tirar.
Prefiro votar por uma opção do que votar por condição.

Se eu votar na Dilma, será porque acredito que o Governo foi bom e continuará sendo.
Se eu votar no Serra, será porque acredito que ele pode fazer melhor.
Se eu votar na Marina, será porque acredito que ela pode sim ter decisão e influência pra mudar.
Se eu votar no Plínio, será porque acredito na experiência política e de vida do cara.
Se eu votar no Eymael, será porque acredito no jingle dele.
Se eu votar no Levy Fidélix, me internem, por favor.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Lip Dub

Muito se fala dos Flashmobs...
No entanto, embora também sejam febre, os Lip Dubs são menos comentados.

O nome já diz... "Dublagem labial".
Enquanto o Flashmob é um acontecimento, o Lipdub é uma diversão.
É quando se junta um grupo de amigos, de colegas de trabalho, uma turma ou uma empresa, e realiza-se uma produção que, mesmo mambembe, ficará para a história...
Ao menos, para a história daquelas pessoas.

O primeiro que vi e o precursor da onda foi esse (não o mais antigo, mas o que gerou buxixo):

Lip Dub - Flagpole Sitta by Harvey Danger from amandalynferri on Vimeo.



Um dia, final de expediente no escritório de criativos da Connected Ventures... Falta do que fazer e os geeks inventaram isso. Postaram no site da empresa, o Vímeo, e o resto é realmente história. (Fiquei vidrado na ideia, na música e na dona do vídeo).

Depois da ideia concebida, a coisa cresceu.
O segundo que eu vi (e não encontrei para colocar aqui) já inovava, saindo do mesmo ambiente. Mostrava todos os escritórios da empresa de dois prédios, andando por ela.
Surgiram outros, mais ensaiados e produzidos.
Tem empresa que faz o vídeo para se promover (e coloca pessoas com um visual corporativo, distante da proposta, para cantar e dançar):

LipDub - Sofrecom from Trinh on Vimeo.



E outras, descobriram novas formas de divulgação(novamente usando os engravatados que surpreendem):

France Loisirs LipDub from etincelle on Vimeo.



Por fim, podemos citar o alcance e a evolução entre os jovens... Nos vídeos de universidades. A criatividade rola solta. E os ensaios tomam grandes proporções.





Então, é isso... Se precisar de uma ideia, siga o Lip Dub.
Se quiser ver mais, só procurar nos vimeos e youtubes.

No mais, termino com aquele que nem é tão inovador, mas, para mim, é hours concours. Simples, rápido, mas com interpretação sensacional e a melhor música.
Do escritório da Connected Ventures.

Lip Dub: Lauryn Hill's Ex-Factor from Jeff Rubin on Vimeo.

domingo, 5 de setembro de 2010

Essa festa é nossa!

No fim de 2008, a Rede Globo fez uma promoção pedindo vídeos caseiros com o jingle de Natal deles para mostrar que o Brasil está na tela da Globo, fazer um vídeo emocional.
Marketing à parte, ninguém que enviava os vídeos sabia no que ia dar...

Fui incentivado por alguns amigos mais próximos a fazer. Todos viam minhas pequenas criações caseiras e diziam que seria uma oportunidade de mostrar alguma coisa. Acabei comprando a ideia...

Mas o que poderia gerar um vídeo de fim de ano?
De cara pensei nos amigos de EJC. Além de serem muitos, geralmente compram as brigas...
E como estava imaginando algo "bigode" (quem conhece o EJC, sabe o que significa), só mesmo o pessoal de lá iria aceitar participar.

Mandei e-mail para algumas pessoas. Poucas respostas surgiram, algumas lamentando não poder participar. Mas com o tempo, outras pessoas ficavam sabendo do vídeo e se interessavam pela ideia... Comecei a chamar dezenas de amigos do grupo.

No dia marcado, não tínhamos certeza se poderíamos usar o espaço da Divina Providência. ( digo no plural, porque alguns amigos - principalmente o Bê Lobo e o Pedrão Fragoso - ajudavam com ideias e incentivo)
No dia marcado, choveu bastante.
Algumas pessoas desistiram e não apareceram.
No dia marcado, eu não fazia ideia do que iria gravar.
Fomos assim mesmo, afinal, tínhamos marcado...

Cheguei na Divina e umas quatro pessoas esperavam.
O número cresceu um pouco com o tempo. E embora soubesse que o imaginado é sempre mais, a minha viagem pessoal se deparava com a realidade.

A gravação foi um pouco caótica.
As pessoas esperavam que eu realmente tivesse uma ideia certa e dirigisse a confusão.
Mas eu não sou diretor... Embora tenha facilidade para ter ideias e expressá-las no papel, além de produzir e divulgar, não sei muito conduzir uma cena, um espetáculo. E, naquele momento, a coisa era pior... Porque a minha ideia era contar com o improviso, contar com o grupo.

Eu havia concebido a ideia.
Eu havia produzido a ideia.
Mas precisava de mais... Nesse momento, a participação dos dois amigos citados acima foi fundamental para me amparar. Pedro com o lado técnico da filmagem, Bernardo para conduzir e dirigr as pessoas.

Fabiana Monte, especialista na arte de bigodar, deu suas ideias... Aninha Bochecha, Adriane Cruz, Margô e Sônia quebravam o gelo com as tiradas de sempre e animavam o clima daquela gravação sem sentido. Crof improvisou, Barifouse acompanhou, Ana Paula e Marina começaram a se divertir. Tia Vera, Marcelinha e Tati Almeida riam (e deviam se perguntar o que estavam fazendo ali). Marco Amarante e Mah saíam, fumavam, conversavam, voltavam e gargalhavam. Daniboy chegou atrasado, ficou meio envergonhado, mas entrou na confusão. Assim como a Mari Guimarães, que foi só acompanhar o namorado, mas foi arrastada pro palco. E o pequeno Bernardo "Bochecha", no fim, roubou a cena de todos.

Eu imaginava um vídeo com 30, 40 pessoas aparecendo na tela... Fomos cerca de 20, dentro e fora de cena.
Eu imaginava fazer um vídeo que chegasse lá e chamasse atenção... Mas acho que a Globo esperava algo mais simples, em casa, com meia dúzia de parentes. E não editado.

No fim, foi uma confusão... Mas foi divertido.
E quando vi as imagens hoje, depois de quase dois anos e bem afastado do EJC, vejo mais uma vez o quanto é forte a ligação das pessoas ali. Uma ideia um tanto sem sentido, um risco, um dia que poderia se imaginar perdido. Mas outras 19 pessoas compraram a briga e foram em frente.
Agradeci e agradeço novamente a cada uma delas por esse momento!

Deixo aí as duas versões que fiz.
A versão com a música original, que não foi enviada porque a emissora queria uma versão com as pessoas cantando. E a segunda versão, também editada, porque não conseguimos fazer uma versão cantada com imagem que tivesse o tempo que eles queriam.
Esta última versão termina com aquilo que resumiu o nosso dia...



quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A rapidez do mundo...

Ôxi...
Que o mundo tá tão corrido que só de pensar me dá uma leseira, uma mo-lê-za...
Ter que atualizar isso aqui sempre dá uma pre-guí-ça!
Olhe... Bora lá pro passado, meu rei, pra ver se a gente encontra uma luz?