quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Assim como eu...

Um dia, verei o sonho no palco?

Verei o imaginado na lata?

Verei o escrito em algum zapear?

Sigo no rumo das estrelas...

E o trajeto marcado em meu coração de papelão vai ficar.

Que o elo com outros sonhadores se faça presente, constante e realizador.

Que faça um futuro promissor...

Que anos coloridos mostrem que há luz para o lutador.

Luz que ilumine o caminho de todos que virão...

Para minha concubina, para filhos, netos e quem sabe um cão...

Que a festa se faça presente na vida de quem me cercar

Pois quem dança um conto, inventa o ponto aonde quer chegar.

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Que a esperança não dê importância aos tortuosos caminhos do destino.

Esse destino, que faz com que desistamos de sonhos e, como diria o Rico, de pessoas...

Rico (filosofa) – E por mais que peçamos por proximidade, chega esse sujeito chamado destino, esse sujeito que construímos e acaba nos comandando, e nos oferece um isolamento. Um isolamento disfarçado, cheio de pessoas... Todas passageiras. Laços cada vez mais fáceis de arrebentar. “A nossa solidão é a do planeta, é quase a mesma, eu sei. Atenda o telefone, ouça meu disco ou saia pra jantar, eu sei...”

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Doar ou não doar? Eis a questão...

2011 começou e eu realmente não tive tempo de escrever...
Ou paciência.
Ou assunto.

Hoje fui doar sangue e consegui uma folga no trabalho.
Tinha coisas pra fazer em casa, mas como me senti meio fraco, deixei rolar... E descansei.
Resolvi escrever sobre a doação. O maior assunto de 2011, até então.
Serei sincero... Apesar de toda vontade de ajudar, de me doar, nunca havia doado sangue.
Tentei uma outra vez, mas fui embarreirado na triagem por causa de uma gripe.
Depois disso, a mesma falta de tempo. E depois veio a Finasterida. E o tempo passou... E não doei.

Por outro lado, acho que sempre tive receio...
Medo do meu sangue não "ser bom". De ter algum problema, alguma restrição, alguma doença.
Já tive morte na família por problemas sanguíneos.
Sempre bateu a neura mesmo.

Hoje eu fui...
Depois de mais de um mês sem tomar o remédio, interrompendo o tratamento para a queda do cabelo, deixei meu sangue no saquinho. Tá lá! Com ou sem problemas, tá lá.

Achei, de início, que minha decisão estava sendo egoísta, já que não doei para as vítimas da chuva. Doei para minha avó, que passou por uma cirurgia essa semana.
Mas depois passei a considerar que o egoísmo não foi tão grande...
Além de vencer a neura, minha mãe havia dito que a doação não seria mais tão necessária, visto que minha avó não precisou tanto. Podia ter desistido... Aí sim bateu o lado 'bom pastor': "Não é porque ela não precisou que outros não vão precisar".

Tive uma discussão essa semana sobre o tema.
Passando por essa questão do 'egoísmo de cada um'...
E, em meio a brincadeiras, surgiu o "doar também não pode ser feito para aparecer".

Como estou sempre levantando a questão, soou como indireta.
E, passada a revolta, fiquei pensando sobre isso...
Será que o fato de querer acordar as pessoas pode realmente parecer isso?
Depois, veio a resposta de sempre... Dane-se (pra não dizer outra coisa).
Porque no fundo, se ficamos preocupados com a interpretação alheia, não fazemos nada.
E veio outra pergunta...
Será que quem estamos tentando convencer não vai passar a fazer para aparecer?
Voltou a resposta de sempre... Dane-se (pra não dizer outra coisa).
Porque cada um sabe de si... E os motivos de cada um não me dizem respeito. A consciência ou a falta dela não devem superar a importância do gesto.

Sei (ao menos, espero) que muitos questionamentos estão surgindo em todo o Brasil.
E como sempre surge algo bom de algo muito ruim, mesmo que não se justifique as mortes, pensemos na tragédia como um começo. Que o lado solidário de cada um não desapareça com a próxima manchete.

Deixo um exemplo de como ajudar: http://borogoblogs.blogspot.com/
E não deixo os locais de doações, porque estes são muitos e estão em todos os lugares.
Basta querer doar e procurar.