terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Da paixão dos Hebersons

Sou tricolor, embora muitos nem saibam.
Mas não venho defender ou aceitar... Apenas navegar pelas redes sociais e sorrir meio de lado, ao ver revoltosos expondo suas opiniões. E não sorrio por mérito jurídico, ironia ao time alheio ou aquele sorriso nervoso de vergonha. Meu sorriso é apenas o do que acha tudo muito 'curioso'...

Embora os apaixonados não acreditem, mesmo sem muito argumento, tem horas que eu também brigo e brinco. Por outro lado, tem horas que me vejo como meu nobre amigo Leonardo Dantas que diz: "Queria conhecer esse sentimento que as pessoas têm por um time. Não... Não queria não."

Ok. Eu entendo os torcedores apaixonados...
É adrenalina, é cultural, "tá no sangue".
Mas pra um "chatinho facebookiano", "revoltadinho de esquerda", "defensor dos frascos" como eu, não deixa de ser meio incômodo ler um mar de torcedores escrevendo em suas páginas: "O Brasil é uma vergonha, a justiça é uma palhaçada, temos que dar uma resposta coletiva..." Amigão, com todo respeito... Se ao invés de se preocupar com orgulho, vaidade e rivalidade, o brasileiro canalizasse metade da energia e do tempo gastos pra que o Brasil não fosse realmente uma vergonha, a justiça não fosse realmente uma palhaçada e para que as respostas fossem coletivas, eu nem rabugento seria... Deixaria minhas teorias, meus reclames e até acharia graça, entrando nas redes só para dizer se houve mérito jurídico, se foi merecido ou se foi uma vergonha.

Enquanto isso não acontece, sigo rabugento, vendo 'Hebersons' dando suas fundamentadas opiniões ou orgulhosos porque seu time decidiu no campo e ficou bem colocado na Série A do campeonato.

(Posto esse, porque foi o último caso de verdadeira injustiça que li).

Foto: Márcio Silva - site Uol

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