sábado, 14 de dezembro de 2013

Memória Facebookiana: o 17 de Junho

Este texto foi feito para a minha diária e pueril página social.
Mas lembrei que não escrevia há meses aqui... E, como ficou grande, achei melhor mudar de foco.

Hoje vi que o Facebook me ofereceu uma retrospectiva de 2013. Sei que ele é assim, meio oferecido, e todo mundo recebe isso, mas só hoje eu vi a minha...E um dos dias de maior destaque - em uma rápida visualização - foi mesmo o fatídico 17 de junho. 
Não sei se todo mundo lembra, mas foi o dia em que milhares foram às ruas para protestar e, juntos, fizeram história. De início, contra o aumento de passagens. Mas, no fundo, para colocar a insatisfação pra fora. 

Foram dois posts. No dia histórico, uma "virose" quebrou minhas pernas e fiquei a acompanhar tudo pelas redes sociais, com mais de 40 de febre. A minha contribuição foi mesmo em palavras... 

A primeira publicação foi compartilhada, em maioria, por pessoas que nem conheço:
Alan D. Braga
17 de junho
'Eduardo Paes disse que espera as lideranças desse movimento entrarem em contato para negociar. Alguém avisa pra ele que o líder dessas pessoas era pra ser ele mesmo. Senão, ele vai ficar esperando...'

A segunda foi apenas um pedido:
Alan D. Braga
17 de junho
'E eu, que sigo a minha marcha pessoal por saúde, desejo a todos que vão para Candelária juízo, tranquilidade e força! Menos pedras e mais sonhos. Menos fatos para discussões vagas ou quedas de braço e mais verdades. Mais liberdades. Porque tudo está muito além de 20 centavos. Boa luta!'


Compartilho essa retrospectiva apenas pelo desejo repentino de não deixar que aquele sentimento esfriado se apague totalmente. Para que não vire apenas mais um dia vago em livros de História. Que a mudança aconteça nas urnas, nas políticas, nas mentalidades, nos cotidianos e nas vidas. Que a participação não aconteça apenas quando os outros também se engajam, porque a ação de um supre o cansaço de outro. Que as revoluções não sejam marcadas apenas pelas armas, sprays, pedras, depredações, egos, ambições, autoafirmações e tudo aquilo que pode fazer apenas a guerrilha, sem reais mudanças. E que os sonhos e as pequenas revoluções também tenham vez, porque é a partir deles que o mundo muda. 
(Ok, frases feitas, como sempre... Difícil é mesmo trazer a autoajuda pra realidade).

Aproveito e, desde o dia 14, desejo um próspero e renovado 2014 pra todos nós.
Que a muita água que ainda está para rolar consiga lavar um pouco e mudar o curso dessa história.

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