terça-feira, 1 de maio de 2012

Os amigos do Rabugento


"Alguns pensam que para se ser amigo basta querê-lo, como se para se estar são bastasse desejar a saúde..." Aristóteles

Amigo não se conquista de um dia pro outro.
Têm aqueles que se conhecem agora e daqui a pouco já se consideram amigos de infância.
Mês que vem não se encontram mais.
E nada fica.

Amigo se constrói. E a gente se constrói com amigos.
São os velhos ombros, que nos mantêm olhando, acima da massa, o horizonte.

Amigos nos revelam...

Ontem, um grupo de amigos do Rabugento - que, nos desenhos, seriam considerados os vilões do jogo - fez uma surpresa. E o Rabugento até sorriu...

Dentre os produtos da surpresa, o texto abaixo!
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Manifesto ao Rabugento

De verdade, só na ficção é que somos felizes.
Aquela ficção que nós mesmos produzimos.
Aquela ficção que você produz tão bem...

Então, vamos à ela!
Viva a ficção!

Ponhamos nela tudo aquilo que, de verdade, preenche nossos corações.
Contra a tristeza!

Contra a maldade!

Ponhamos nela sua alegria, sempre, sempre esgueirando-se por trás de um suposto mal humor, de um falso pessimismo e de uma divertida e escancarada rabugice.
Ponhamos nela seu enorme coração, que de tão grande não tem sucesso em se esconder, mesmo que se tente camuflar num jeito meio "sem jeito" de amar.

Contra a rebeldia sem causa!
Contra o egoísmo!
Há sim pelo que lutar. E você luta.
Você sabe que há muito por fazer. E você faz.
Nos são oferecidas novas armas. E você as tem.

E, entre as quatro paredes do quarto, são textos, são incentivos, são apelos, são pontos de vista, é revolta!, são pedidos, é carinho, é o "Jogo do Eu", é um turbilhão musical, é arte latejando - inquieta, louca pra sair -, é doação, é sentimento - essencialmente amor, é confusão, são muitas coisas, é quase tudo!

Até quando viver a mesma vida? Até quando buscar abrigo na ficção e fugir da impiedosa locomotiva da realidade? E se a locomotiva, de tão rápida e feroz, invadir até mesmo a realidade? E contaminá-la com sua fumaça tóxica e seu ruído ensurdecedor? Será o fim?

Contra toda essa loucura que chamamos de realidade! E contra sua locomotiva!
Mas nunca a fuga da realidade!

Somos mais que isso... Você é mais que isso.
Talvez você é que empreste à ficção de seus roteiros, de suas peças, de suas músicas, de suas prosas a boa essência real de que precisam para existir. De que precisam pra emocionar. É então o caminho inverso. É a própria ficção buscando a virtude no que é real. No que é seu.

Mas você pode se perguntar: o que é real e o que é ficção?
É mesmo preciso diferenciar uma da outra?

Afinal, o que se quer é pôr fim às angústias cotidianas.
O que eu quero é viver. Viver feliz. Ser rabugento. Usar o gelo sem encher de novo a "cambuca". Andar ou correr, conforme a minha vontade. Tropeçar. Cair. Mas levantar apenas quando eu quiser. Sorrir sorrisos espontâneos. E se são raros, o problema é só meu. Eventualmente, usar roupas que alguém escolheu pra mim, mas, pelo menos, saber disso.

Tudo isso pode ser real.
Tudo isso pode ser ficção.

Contra as regras e seus limites! (Eu gosto de quem não tem limites...)

Então, chega!
Conclui-se que de nada vale a diferença entre o real e o imaginário.

Mais um ano se soma aos já vividos, mas ainda posso ser o que eu quiser!
Sim, eu posso ser o que eu quiser.
Posso viver minhas próprias personagens.

Em uma das histórias, minha personagem foi salva por mendigos, que esqueceram o ronco da barriga para se preocupar... Comigo.
Em outra, lutei caratê contra uns 10 (ainda que fossem crianças brincando de ganhar a vida).
Em outra, também havia crianças, muitas, mas aí eu fazia sorrir, com as trapalhadas de um marinheiro que tentava salvar a pequena Maribel.

São muitas histórias, Rabugento.

Abaixo as algemas invisíveis!
Sempre é tempo de recomeçar.
Mas apenas o faça se e quando julgar conveniente.
Do contrário, siga!

Siga o caminho, mantenha-se vivo!
Mantenha a sanidade, a criação, as possibilidades.
Continue tentando trazer a sorte, ao invés de esperar por ela.
Continue mostrando ao destino o que é melhor!

E que todos nós aqui tenhamos sempre algum papel nesse bonito longa, bem longa, metragem da sua história!
O mundo te espera outra vez!
Viva o Rabugento!
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Agradeço a todos que, de certa forma, compartilhem desse sentimento acima!

Ao Barifouse (autor do texto), à Fer, à Carol, ao Mario, ao Crof, à Camila, à Ana Flávia, à Paulinha Lins, ao Leo Muniz, à Claudinha, ao Huguinho, ao Scotti, à Tati Almeida, ao Pedrão, à Mari, ao Marcelo Muniz, ao Alex, à Fabiana, à Samantha, ao Xabinho, à Paulinha Machado, ao Armando (espero não ter deixado ninguém de fora na confusão da noite de ontem) e aos que não conseguiram chegar a tempo (Leo Colonese, Matheus...) ou não puderam aparecer (Ana Bia, Bibi, Helena, Joanna etc), meu muito obrigado e meu ombro sempre!

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