segunda-feira, 31 de maio de 2010

Som do Brasil (II)

Em novembro de 2008, fiz um post no "Teorias Cobalísticas" sobre o Som Brasil, da Rede Globo.
(http://teoriascobalisticas.blogspot.com/2008/11/som-do-brasil.html)

Falei ali um pouco (muito pouco) da minha relação com a cultura brasileira e chamei a atenção para o programa, que seria um meio interessante pra se conhecer novos artistas e ouvir boas versões de músicas conhecidas. A maioria desses "novos" artistas são desconhecidos do grande público, mas já têm uma projeção. Outros são até conhecidos. (Sem contar, é claro, alguns dos homenageados e os já consagrados, que são chamados para encabeçar o programa.)

Sempre que posso, mesmo que não consiga ver ao vivo, procuro o programa nos youtubes da vida ou no site da emissora para saber como foi...

Não queria fazer uma propaganda barata... Mas faço.
OBS: "Barata" porque é comercial por essência, sem muita consistência e, claro, porque não ganho nada em falar disso. Não importa. Primeiro, porque este canal é lido por meia dúzia de amigos, segundo porque o que vale é conhecer os artistas, ter a vitrine e ouvir boa música.

Por isso, mais uma vez, deixo aqui mais exemplos dessas boas músicas.
O último programa foi sobre a Rita Lee... E trouxe gente boa.

Mas deixo de outros programas também (incluindo alguns do último post, que foram retirados por direitos autorais etc).

Ouçam!

“Mamãe Natureza” – Lafayette e os Tremendões

Banda com rostos conhecidos, ar de Jovem Guarda e muito bom humor.

Som Brasil RITA LEE (29 / 05 / 2010)



“Chega Mais” – Brasov

Influências de Leste Europeu, brasilidades e mais que irreverência.

Som Brasil RITA LEE (29 / 05 / 2010)



“Doce Vampiro” – Tiê

Essa já não é tão desconhecida... (Lembra um pouco - um pouco - a Lis... Que já teve post aqui).

Som Brasil RITA LEE (29 / 05 / 2010)



“É luxo só” - Fênix

A figura mais andrógena que já passou por ali... A versão da música é sensacional.

Som Brasil ARY (26 / 09 / 2008)



“Camisa Amarela” - Casuarina

Os camaradas já eram um pouco manjados quando foram... Ao menos, no Rio.

Som Brasil ARY (26 / 09 / 2008)



E pra terminar...
Aquela que conheci ali, procurei mais no dia seguinte e depois vi estourar no Brasil. O som dela, embora já estivesse caminhando nas rádios, também passou antes por ali.

Som Brasil PARALAMAS (31 / 07 / 2009)

“Caleidoscópio” - Maria Gadú



OBS: Essa liberação das partes do programa é a coisa mais sensata que fazem... Enfim a mídia televisiva usa das "novas" tecnologias a seu favor, ao invés de apenas criticá-las.

domingo, 23 de maio de 2010

Conspiração internacional

Sei que é lugar comum falar de caixa de supermercado...
Todo mundo já teve sua experiência ruim, seu momento de raiva.
Mas alguém poderia responder: por que a caixa mais lerda é sempre a escolhida para trabalhar no caixa rápido? E quem definiu que 15 volumes é rápido? Três volumes é rápido. Cinco volumes é rápido. Vá lá, até 9, 10 volumes é rápido... Mais que isso é compras de mês.


O conselho que fica é... Não escolha uma fila com seis pessoas no caixa rápido. Prefira aquela que tem duas com carrinho. Vai por mim... A Lei de Murphy adora esse tipo de situação. Um caixa comum com uma funcionária rápida vai te atender mais rápido que um caixa rápido com uma funcionária lenta... E sem troco.

Deixo aqui uma letra... Uma letra com a qual me identifico desde que ouvi no LP do Kid Abelha, quando ainda era moleque. Não sei porque, mas sempre acho que foi predestinação. Por tudo que a letra diz...

Conspiração Internacional
Composição: Paula Toller/Leoni


Todo mundo sabe de alguma coisa
Que eu não sei
De um filme que eu não vi
De uma aula que eu faltei
Por mais que eu tente
Eu nunca chego no horário
Eu perco tudo o que eu ponho no armário

Tudo atrapalha o que eu faço
Mas pros outros parece tão fácil

A fila que eu escolho
Vai sempre andar mais devagar
E o troco acaba bem na hora em que eu vou pagar
Se eu me distraio um único instante
Pode apostar que eu perco o mais importante

Tudo atrapalha o que eu faço
Mas pros outros parece tão fácil

Os vizinhos devem rir por trás do jornal
E eu desconfio de um complô
O maior que já se armou
Uma conspiração internacional

Todo mundo acha que o Rio de Janeiro
Não é bonito como foi no passado
Será verdade, será que eu devo acreditar
Quando eles dizem que eu cheguei atrasado

Nunca foi nada perfeito
Mas até que eu gosto assim desse jeito

Os vizinhos devem rir por trás do jornal
E eu desconfio de um complô
O maior que já se armou
Uma conspiração internacional

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Namastê ao fim...

Eis que a última semana chegou. O fim está próximo.

No início do ano afirmei que uma das minhas metas era assistir à última temporada de Lost. A mais fácil de cumprir... E a única que realmente acreditava que iria conseguir.

Desde o início, a série foi marcada por muita polêmica.
A última temporada não poderia ser diferente...

Fumaça preta, Os outros/hostis, sussurros, ursos polares, curas milagrosas, crianças especiais, mortos que reaparecem, escotilha, eletromagnetismo, Iniciativa Dharma, a cabana, equipes de resgate misteriosas, viagens no tempo, Jacob, Homem de Preto etc. Uns assistiram a alguns episódios, não entenderam nada, não gostaram da confusão e pararam de ver. Outros gostaram no início, mas "a série começou a desandar" e eles pararam por ali. Outros gostaram do desafio e seguiram até aqui. Agora, alguns dos que seguiram estão decepcionados e alguns estão satisfeitos. Eu faço parte do último grupo.


Começei a assistir Lost nos primeiros episódios da primeira temporada, quando foi exibida pela Globo. Via os comerciais e achava que era mais uma série que não me diria muito. Pessoas perdidas em uma ilha depois da queda de um avião? A Globo tem tradição em exibir filmes e séries de tragédia... Vão terminar enfrentando correntezas de rios, subindo montanhas, acampando na selva e comendo os mortos. Até o dia do resgate chegar...

Mas não era por aí (embora eles também tenham enfrentado algumas desventuras mais comuns na mata). Não era mais uma série de tragédia... E o que me atraiu de cara foi o recurso do flashback. Cada episódio era centrado em um sobrevivente, e parte das reações deles na ilha tinham relação com a vida pregressa. Além dos mistérios que foram surgindo, podíamos acompanhar a história de cada personagem por outra perspectiva.

Mas os mistérios também eram grandes. A primeira temporada chegou ao fim com um grande mistério no ar. E eu descobri que a segunda temporada começaria no AXN (que diabo de canal é esse?) logo depois... Não precisaria esperar um ano.


Mais mistérios vieram com a segunda parte. Mais personagens surgiram... E o foco foi se voltando também para a ilha. Cada vez mais fazíamos a mesma pergunta: que lugar é esse onde foram parar? Algumas respostas vinham pela ciência e outras pela fé. E o embate entre as duas aparecia na história da série e na forma de apreciação dela: alguns viam por causa da explicação lógica, outros pela crença dos personagens.

Depois do término da segunda temporada, não teve como... Teria que esperar um ano pela próxima. Segui acompanhando as notícias pela internet. Boatos, spoilers e, claro, as teorias. A surpresa veio na escalação da terceira temporada: Rodrigo Santoro em Lost.

E a terceira temporada começou a ser exibida lá fora. Mas aqui nada... Um ou outro amigo já estava baixando os episódios pela internet, mas eu não era tão evoluído.

A temporada chegou na AXN alguns meses depois, contando um pouco a história de 'outras' pessoas importantes no contexto da ilha. E Rodrigo Santoro estava lá... Mas ele chegara com o avião? Como assim? Não o vimos até agora?...




Poucos episódios depois, Paulo e sua namorada Nikki, que não caíram nas graças dos fãs (nem dos próprios criadores), morreram. Brasileiro só leva na cabeça...

Mas a terceira temporada terminou com uma nova forma de contar a história. Os fãs vibraram.

Na mesma época, uma notícia chegou pela internet: teremos mais três temporadas de Lost... Os produtores decidiram o tempo certo de duração da série. Para os fãs, mais três anos de espera, e satisfação.




Na quarta temporada, a tecnologia evoluiu para a minha realidade... Aprendi como os internautas capacitados trabalhavam e baixavam seus vídeos de forma rápida e eficiente. Começei a acompanhar a série na semana que ia ao ar nos EUA. A quarta temporada trouxe mais mistérios, explicações científicas mais complexas e uma possibilidade de resgate para os 'perdidos'.


Na quinta temporada, a minha facilidade de acompanhamento cresceu. Não esperava mais tantos dias para baixar os episódios... A conexão e as ferramentas já permitiam que eu visse a série no dia seguinte. Alguns foram vistos assim, outros nem tanto. Mas a possibilidade de assistir logo depois já bastava. A temporada subverteu o tempo-espaço e terminou com a preparação da última: esta aí o jogo que estamos jogando.


A sexta temporada começou com expectativa. E buscando informações, descobri uma nova maravilha: o streaming. Com este, a última coisa que faltava aconteceu... Começei a acompanhar a série ao vivo! Embora ainda muito lenta para a minha exigência, a ferramenta realmente foi um achado. Consegui ver poucos por esse recurso, mas ele já ajudou. Além disso, os vídeos para baixar começaram a ser disponibilizados pouco tempo depois... Questão de poucas horas para os fãs assistirem o episódio... Com legenda! Salve os "nerds" de plantão!


E aqui estamos.
Depois de contar minha longa trajetória, repleta de confissões da minha relação com a "pirataria internética" (quem nunca fez ou teve vontade, que atire a primeira pedra), passo ao real objetivo do post.

Há poucos dias do episódio final, muitas críticas à história partem de fãs da série. Fãs decepcionados com as explicações. Querendo mais ou outras respostas... E com "buracos", falhas da trama. Não sei quanto à experiência alheia, mas embora possa parecer que a série tenha sido um grande vício, posso afirmar que encarei tudo de forma bem saudável. E acredito que tenha compreendido o objetivo final.

O que foi Lost para mim?
Uma série sobre pessoas, como os próprio produtores afirmaram, mas sem necessariamente repeti-los. Uma série que mostra o quanto o homem fica perdido frente à frustração de uma decisão errada ou de algo que fuja a seu controle. E o quanto ele é pequeno e fraco, mas ao mesmo tempo interessante. Uma série para refletir sobre a complexidade do ser humano, pois nenhum é bom ou mau por natureza (vide Dr. Linus). Uma série que questiona o que é a vida... Destino? Livre Arbítrio? Uma série que questiona as respostas... Afinal, como descobriremos as verdades, pela Ciência ou pela Fé? Uma série que mostrou como a humanidade encara o mistério da vida, em épocas diferentes.

E mais... Uma série que deu uma aula sobre como obras abertas podem prender milhões por seis anos. Sobre como o público reage de maneira diferente à mesma motivação... Além, é claro, de mostrar a expectativa de "homens da Ciência" e de "homens da Fé" como espectadores. Sobre como a interpretação de uma história pode variar, gerando compreensões diferentes. Afinal, alguns fãs captaram algumas informações e foram atrás de suas próprias verdades. Outros ligaram pontos, tentando encontrar a verdade da série (que, como na vida, nunca foi absoluta e, por isso, decepciona alguns). E outros simplesmente entenderam tudo errado (sim, sim... E não falo dos que cobram por respostas. Falo de pessoas que realmente criam teorias mais viajantes, sobre coisas que nunca foram ditas).

Algumas respostas não serão dadas... Os produtores/criadores da série, Carlton Cuse e Damon Lindelof, afirmaram há tempos. Por um lado, porque algumas configuram mistérios... Daqueles que existem na vida real. Por outro, porque eles não querem contar a história dos outros (dentro e fora da série). Eles querem contar a história deles. O resto fica na imaginação de cada um.

Lost é uma história. Uma das obras de ficção mais complexas e rentáveis já realizadas pela TV. Talvez Cuse e Lindelof realmente tenham se perdido na complexidade da história (até pra isso, o título da série é álibi). Embora digam que tivessem noção do que queriam fazer e de onde queriam chegar, eles já afirmaram que muita coisa foi criada no caminho (A prova maior é que, a princípio, Jack morreria nos primeiros episódios da série). Mas o que vale no final é ter acompanhado, questionado, refletido, compreendido e aprendido com a história. Além, é claro, de ter torcido pelos personagens.

A saudade fica... Daquela expectativa por mais, que sempre batia em um momento de bobeira, quando eu lembrava da série. E por mais que muitos digam o contrário (ou estejam esperando a conclusão para "avaliar"), para mim a série foi muito bem sucedida.

Que venha o fim.


E que ele seja festejado por trajetória e significado.

Porque a lição maior é saber que as coisas são do tamanho que damos a elas.
(Opa... Exagerei. Só faltou dizer: porque metade de mim é amor, e a outra metade... também).

terça-feira, 18 de maio de 2010

O tigre e o tragadão

Ontem, deixei a TV ligada no Programa do Jô, enquanto preparava o sono. Não prestava a menor atenção... Não tinha muito o que assistir, a TV do quarto não pega a programação fechada, mas deixei ligado assim mesmo... Pelo som, pelo barulho.

Chegada a hora de dormir, fui desligar a TV... Antes de me desligar do mundo, percebi que a entrevista era com a Cissa Guimarães, que falava da peça teatral que está fazendo, sabe-se lá onde. Ela definia o enredo da história, colocando que a personagem era uma mulher famosa que se surpreende durante uma entravista em que a jornalista, ao invés de fazer perguntas óbvias, questiona sobre qual a última vez que ela dera uma gargalhada. Não uma gargalhada qualquer, uma boa gargalhada. E ela não sabia responder...

Fui dormir com isso na cabeça. Muitas vezes não sabemos qual foi a última vez que algo nos fez chorar de rir. Rimos todos os dias. Mesmo eu, que sou rabugento... Mas são risos espaçados, soltos, perdidos. Às vezes até gargalhamos. Mas é difícil lembrar da última gargalhada que nos surpreendeu. Alguma situação que realmente foi engraçada.

Durante as últimas semanas eu me diverti. Viajei e tive momentos impagáveis. Momentos até bem pessoais, em que uma situação se mostrou tão inusitada, que no final você lembra com humor. Ou momentos em grupo, falando besteira. Mas nenhuma que me lembre me fez chorar de rir.

Tentei lembrar de outras... Peças de humor, programas de humor... Tenho visto alguns. Mas foram os últimos? E foram tão engraçados?

Muitos momentos de chorar de rir aparecem quando tenho ataque de bobeira. Sabe aqueles momentos que nem são tão engraçados, mas em que o espírito leve parece te fazer cócegas? E se estiver acompanhado de outro espírito bobo, basta que um olhe para o outro para a gargalhada continuar? Já tive ataques assim em situações sérias. É constrangedor, mas irremediável.

E foi puxando pela memória que lembrei de um dia em que o espírito leve se uniu a uma imagem. Um vídeo enviado por um amigo, o Mozart. Um vídeo engraçado, mas que teve a reação ampliada pelo espírito bobo... E não apenas pelo espírito bobo descrito acima. Pelo espírito bobo aliado ao espírito de porco que me acompanha quase diariamente, que consegue perceber detalhes e imaginar coisas.

Eis o último momento que lembro ter chorado de rir... Reparem no tigre da esquerda.



Os mais sérios podem estar pensando: 'Mas isso é um ultraje! Um idiota que estragou um ballet.' Eu já acompanhei, mesmo que amadoramente, alguns shows e espetáculos teatrais dos bastidores e sei o quanto é frustrante um erro, ou mesmo uma pessoa insatisfeita que decide esculhambar com o trabalho. Mas foi justamente pensando na insatisfação do sujeito que me escangalhei de rir...

Coloca-se uma roupa de tigre no camarada, pedindo para que ele e seus companheiros tigre e elefantes cabeçudos fiquem atrás do palco, com movimentos sutis, apenas para compor a cena. Os elefantes só conseguirão fazer os movimentos sutis, pela limitação do figurino, mas os tigres terão que se conter. Enquanto eles fazem papel de bobos, a coreografia magnífica é feita a frente. Aquilo é arte. Os animais compõem a cena, levando o espectador ao ambiente proposto. Mas são cenário...

No ensaio, tudo corre bem... Ao menos, para os dançarinos e o diretor. Chega o momento da grande apresentação e o camarada se depara com o figurino. Tigre estilizado, mas quase de festa infantil. Daí a gente pode imaginar diversas coisas... O diretor estrela deu esporro durante o ensaio, dizendo que ele não poderia sair muito do lugar, e diminuiu o cara. Ou alguma coisa aconteceu na vida dele: conseguiu outro emprego e resolveu chutar o balde. Ou é um dançarino frustrado que simplesmente viu a platéia e decidiu aparecer (mesmo sem saber dançar). Ou, o mais provável, viu a que ponto chegou na vida, encheu a cara, cheirou todas e subiu no palco doidão.

Mas o que mais me fez rir, pensando em todas essas situações, foi mesmo o improviso do tigre. Ele começa modesto. Depois segue a música e mistura indiano com chá-chá-chá. Em seguida, faz o ensaiado, bater no tamborzinho que traz a mão (notem que o outro tigre também simula tocar o tambor). Mas nada nele é normal, e ele exagera, fazendo o estilo "tapa na bunda". Voltando à personagem, ele começa a fazer movimentos bêbados e catar mosquitos pra comer. Continua sua dança exagerada e os outros começam a olhar pra ele (não apenas o outro tigre está assustado, mas a bailarina que é girada, começa a ver o drama que se passa ali atrás... afinal, os risos da platéia já começaram). Quase no final da dança, ele resolve, do nada, interagir com a cena, olha para o casal que dança e, simulando susto, sai correndo.

Os agradecimentos são o exagero total e, a meu ver, nem é o mais engraçado. Genial mesmo é a apresentação.

Bem... Eu gargalhei.
Talvez seja meu espírito sarcástico.
Mas taí uma apresentação de ballet que realmente me fez feliz.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A verdadeira identidade

As pessoas já andam por aí, acham um grafite (de parede, não do Dunga) e lembram de mim...
Esse a Ludmila encontrou em uma passagem subterrânea de Botafogo:


Um outro amigo, o Hugo, veio me perguntar outro dia se o Mutley era o Rabugento.

Realmente há uma confusão, porque existem dois cachorros parecidos.


O Mutley é o parceiro do Dick Vigarista nos desenhos Corrida Maluca (aquele da corrida com a Penélope Charmosa, o Peter Perfeito e a Quadrilha da Morte, entre outros) e Máquinas Voadoras (aquele do pombo-correio).



O Rabugento tinha um desenho próprio: Rabugento, o cão detetive. Em inglês, para"facilitar", ele é o Mumbly.



Como os dois são parecidos, resmungam e riem debochadamente quando a desgraça é alheia, adotei as duas figuras como "Rabugento" ao criar o blog.
Afinal, os dois têm a minha personalidade.

Eis que surgiu novo impasse...
Há um tempo vinha procurando uma imagem boa para uma tatuagem. Uma imagem que dissesse algo. E o insight se mostrou óbvio... O Rabugento tem que assumir o lado rabugento!

Mas qual dos dois é mais representativo?...
Mutley é o mais conhecido e reconhecido, mas Mumbly é o verdadeiro Rabugento.
Quem vai ficar registrado eternamente na pele? Mutley ou Mumbly?
Os dois em duas tatuagens? Os dois juntos em uma tatuagem?
Ou nenhum dos dois? Melhor fazer outra coisa...

A indecisão é grande... Sugestões são aceitas.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Charminho doce, pedacinho de você...

Poucas horas em território argentino e saí para comer alguma coisa com os amigos. A fome era grande. Depois da saudável alimentação em um fast food local (ao menos, a filial era local), fomos andar para desgastar e esquentar.

Ruas menos movimentadas no centro da cidade, mas lojas ainda abertas. Passamos em frente a um sebo. Um sebo daqueles que vende livros, discos, dvds e tudo o que couber. Nenhum interesse direto por nenhum produto, mas entramos. Apenas olhávamos.

De repente, acordes conhecidos saem de uma caixa de som pendurada na parede. Acordes populares de um passado já distante. Seria a versão de uma música brasileira? Não, está muito parecido. Poucas horas em solo estrangeiro e já podia identificar algo da minha cultural. Sim, era música brasileira!

Somos países vizinhos... Embora o inverso não aconteça muito por aqui, já imaginava que ouviria alguma coisa por lá. Mas nunca imaginei que a primeira música brasileira a ouvir seria uma pérola do cancioneiro popular: 'Amanhã Talvez', de Joanna. Um clássico de festas retrô/lodo e de coros de videokê.

Achamos graça, fizemos piada, cantamos alto.
E a música não saiu mais da cabeça...
Ao menos, pelas horas seguintes.

Dois dias depois, andando pelo Centro, encontramos outra loja de discos populares. Não chegamos a entrar, mas um minuto na frente da loja foi o bastante para ouvir os mesmos acordes. A mesma música tocou, como que por encanto.

Posso imaginar que a música nos perseguiu.
Ela queria virar música-tema da viagem...
Mas a maior conclusão chegada ao fim da viagem foi de que a Joanna realmente fez e faz sucesso na Argentina.

Tudo bem... Não ouvi outra música da cantora tocando por lá.
Mas também não ouvi muito mais de nenhum outro cantor.
Isso prova que a música foi sucesso e, provavelmente, foi seguida de outras.

Por isso, a partir de agora, é uma verdade para mim, até que provem o contrário.
Ivete Sangalo? Elis Regina? Marisa Monte? Gal Costa? Carmem Miranda? Nada...
Os hermanos adotaram Joanna como a 'Brazilian Bombshell', a "Namoradinha brasileira" deles.

E para celebrar essa constatação, vamos deixar a vergonha de lado, não prestar atenção em certas partes da música... Vamos lembrar apenas do Chacrinha, da força do rádio nos anos 80, do "Qual é a música?"... Deixemos aflorar o lado mais pop e romântico de nossos corações adestrados pelo bom senso (deixando ele de lado) e vamos cantar a música do início ao fim!
Em coro!
Pegue o microfone e vamos lá!
(E quando formos a Argentina, não esqueçamos de cantar isso no aeroporto, mostrando que os brasileiros estão chegando!)
Se joga!
...

Faz, que desse jeito
Só você sabe fazer
Olhos nos olhos
Tanta vida pra viver
Charminho doce
Pedacinho de você

Diz a frase certa
Só você sabe me abrir
É só assim
Que eu consigo descobrir
Como é gostoso
Me entregar e te sentir

É, quando se ama
A gente finge que não vê
Que o tempo passa
E mais um pouco de você
Melhor assim.
Bom pra você, melhor pra mim

E amanhã
Quem sabe a gente outra vez
Só mais uma vez
Amanhã talvez
Só mais uma vez
O amor que a gente fez

(Amanha Talvez
Joanna
Composição: Michael Sullivam / Paulo Massadas)

">

OBS: Outra constatação que fizemos: a Argentina é muito retrô!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Ter que esperar...

E depois de aprender sobre a vida com um flashmob, nada melhor que comemorar a espera por uma parada, um intervalo, um desligamento. Férias...

Um tempo de se transformar e esperar a sorte chegar.
De correr com projetos pessoais, torcendo para que eles se tornem mais do que um sonho em vão.

Que se dane tudo a partir de agora.
Bora encontrar uma roda de flashmob e vamos deixar rolar.

"O tempo é que vai passar
A gente só vai rodar
Na mesma ilusão de recomeçar
Jogue tudo pro ar, eu estou a flutuar
Na ilusão fácil de alcançar"



E vale dizer... Um ano de blog!